sábado, 29 de dezembro de 2007

Indagação

Ai, que tudo dói, renova menino, que mundo não pode ficar parado, é papo pro ar, é dayse no hospício, é aroma de tomate cereja assim doce doce doce, mas e a vida? parece muito de pregá peça, arapuca armada, cilada de moita, tudo assim de tocaia de desespero, e tudo corre ou dorme? quem souber diz aqui no ouvido, fala da água do dilúvio, fala do tempo, da loucura do homem, fala que o dia ainda é curto e o curioso tá de pé, e num é isso a vida? perguntar e perguntar e esperá sentado a resposta mais pequena? responde menino, responde que a noite vem e o escuro num tem questão!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Para Ângelo e Biaggio

Corre moço, que a perna tá bamba aqui desse lado, tem três dias que tudo é cor, noutros três é tudo de ausência, três pernas, três nomes, três voltas, assim é mundo? meu minino, tudo dentro é de saudade, é de pergunta pra vida, pra ela postá em silêncio o fim do meu nome e outros mistérios, e de ser tudo assim mais misterioso é que deve nascer as belezas, mas eu pergunto moço, pergunto sempre pra ouvir silêncio, que é a lingua do mundo e de Deus, vale a pena sair a correr mundo sem estradas? descozinhar por dentro as coisas que a gente já carrega assim de pequeno? mas me diz moço, se tu fala a minha língua, onde tudo acorda? pois é disso que eu tenho gosto, correr estradas sem volta, pra fora e pra dentro dessas águas aqui do peito, do mar, da cabeça e arrombar de vez tanta distância.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Meditemos

Meu deus! não sei escrever em bloggs! e o pior, hoje refletindo, fico em dúvida se sequer sei escrever, claro, escrever eu sei, como muitos, mas muitos mesmo sabem, claro que quero dizer que não sei se escrevo bem, ou melhor, sei que escrevo bem, e daí? quero saber se sou excelente! ai ai, mania de escol, e pra que tudo isso, se se morre enfim? e não tenham ilusões, os textos também morrem, mesmo bons textos, ou melhor, excelentes textos, se perdem nesse mar de cascas e signos, e então? de que vale escrever? não sei, mas alguns textos valem a pena, os que dissecam ou criam o espírito dos homens, os que dissecam ou criam o espírito do mundo, os que dissecam ou criam a alma das palavras ou tudo ao mesmo tempo! melhores os que criam palavras para serem seus homens e natureza, seu corpo e cultura, seu muro e sua alma, enfim, é como diz Marco Polo, "valem a pena as palavras que mudam a cor do dia."

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Aqui eu não tinha postado nada! hoje foi que eu vi essa postagem em branco, em homenagem, então, ao fantasma do blog:

ESSA VIDA SÓ PODE SER DE OUTRA VIDA!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

II Canto ao Infinito

Não desejei infinitos
Infinitas foram as lágrimas que impuseram os meus desejos

Eu não desejei conflitos
E armei guerra impus feridas
Corri de lança erguida
Para açoite e glória do desejo em ferro

Eu não desejei amores
Ai, não desejei chagas para acolher o peito
Nem mortes que a vida ampare
Sítio ou ferida aberta

Não, eu não desejei crer
A ferida veio comigo
Somente carrego ao infinito
O que não pode fugir da Moira

Impressões de um Acidente

Noite, floresta densa? gatos pardos? homens agudos? parado, tudo que reclama é quietude, "não vos conformeis com esse mundo", Maria quando dá se conforma? meninas sobre José, medo sobre Maria, ai Jesus, vai nascer! um pé, um bote, um caco de telha? fedelho? quem tem medo? sai escaravelho, deixa o tempo do mundo passar que tudo hoje se adianta, e essa noite não é parda, é parede, caco, anemia, é Tânia pedindo pra parar o carro, o poste tá bêbado e hoje ninguém vai dormir.

Conversa Para o Mundo Novo

A música da vez, o nome do dia, a cola do ano,"ô patrão deixa disso", é mulecagem minino, a rádio é essa? música velha! cola que fica novo, o espaço tá dividido hem pai? o palco tá girando no mundo de botas abertas, ninguém reconhece mais nada, meu deus, cadê a moral e os bons costumes? ê violência... tira boca daí minino, que o mundo hoje tá pedindo arrego!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ai Ai Pandora

Pera, pera que o mundo tá pedindo passagem, e logo pra quem? pra essa voz fria que me acontece? Não, não, tanto calor ainda é pouco moça, tanta bobagem dentro da caixa, "Bobagem o que menino? A caixa é bonita!" "Abre não menina, tu não sabe o que pode vir a ser!" desde então é desapego, Dom Quixote sem moinho, mundo sem três voltas... ai ai, ficou carnaval pra não se acabar o mundo, um silêncio vez em quando raro, pra se adivinhar antes da moça, ai ai, que o mundo é doce, e a voz revira longe deixada pra trás.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A Arquitetura do Silêncio

III
Da Construção do Silêncio

Voltei ao ponto onde fundei o silêncio
Braços prontos
Ferramentas cruzadas
Toda estrutura armada
Aponta para o infinito

Quem são os homens
Que trabalham pelo silêncio?
Quem são os homens
Que trabalham
Na vertigem
No ruído
E constroem o edifício onde habito?

Fazem silêncio
Cruzam armas
Erguem colunas?

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Diário

Eita cara lavada, estou aqui, sem tempo nem contratempo, esperando o mundo seguir.

Um Poema Antigo

Olha
amar dói
odiar dói
até respirar dói
mas eu não tenho tempo para o amor
nunca soube odiar
e continuo respirando
talvez por isso eu escreva
me distrai enquanto respiro

O BLOGGER NOSSO DE CADA DIA

Ainda não sei muito bem o que eu faço por aqui, que literatura é essa? essa agilidade? esse fazer que não se alcança? escrever tem sua própria medida, escrever aqui, tem outra medida ainda sem contornos, interneteiro? fuchiquêro? bloggero? a internet tem a carranca do dia? e o dia? que impressões alcança? acordei tem poucas horas, ouvi um afrosamba, duas colheradas de sorvete, "alimente o blogger", na minha frente tem uma janela que dá para outra janela, Zé cadê a literatura? cadê aquele palavreado bonito das coisas que uma gente aí escreve? " "Fala do coro dos anjos, minino! Fala de parir blog com vírgula, suadêra danada, bota poesia tua já escrita, fala do dia, fala da mãe!" É Zé...

domingo, 2 de dezembro de 2007

APOCALIPSE

Tragédia, côro de anjos adere à partilha do céu, espaço limpo e a voz, a música, ressoa que é uma beleza, e o côro deixa marcas de ambiguidade no recife, era homem? mulher? marido? Era arcanjo, dedo que não se quebra, marta deitada sobre espinhos, valéria molhada sobre josé, josé feliz de não ser padre, e a música nos ouvidos não deixava ninguém gozar, O sexo dos anjos? deus do céu que heresia! O viado da dantas? Putaria seu antônio, putaria, e esse bando de anjo, porque não cala e deixa a cidade dormir?

LÁ VÃO A MULA MANCA E O DIABO NA TERRA DE SANTA CRUZ

Começando tarde, interneteiro sem assim muito tato, muita idéia, muito gosto, nem muita vista, a primeira letra, a segunda palavra, o terceiro ponto, a letra vai suando, o dedo vai sangrando a casa vai caindo, suadêra, vai saindo sem buraco nem corpo o corpo dessa idéia, MEU DEUS! TÔ PARINDO UM BLOG!

sábado, 1 de dezembro de 2007




EM CONSTRUÇÃO...